Se eu pudesse elevar as raízes da terra,
expô-las ao sol por esta grandeza,
poderia sentir com mais leveza
este pulsar dependente.
Soterrada, mas desperta.
Calada, mas não dormente.
Há dias de uma morte absolutamente sem nome.
domingo, 18 de maio de 2014
sexta-feira, 16 de maio de 2014
sexta-feira, 2 de maio de 2014
quinta-feira, 1 de maio de 2014
Assim se constrói a viagem que eu não queria abandonar.
Falo de gestos, de uma linguagem sem igual.
Um olhar de perto, e nos corredores dessa vida, um túnel de paredes finas, como se a qualquer momento, um deslize as derrocasse.
Um toque de mãos, que queima numa euforia, quase plácida. O rasto dos dedos fica. Ficou.
Um beijo, e outro, e um novo quarto ou divisão. Uma espiral de sensações, como quem vai ao fundo da alma e permanece. Sem respirar, mas sem morrer. Um pouco de cada vez, talvez.
Descer e entrar na vida. No profundo, no segredo, onde cada sensação é um choque, como o toque de um espírito, que nos arrepia, mas que nos motiva a prosseguir (de coração nas têmporas).
Ir além de mim tendo a consciência que estou submersa na melhor viagem que me foi concedida - todos estes fragmentos ou secções ...
Pequenas janelas gravitacionais, ascendentes ou descendentes, ou simplesmente a vida desprovida de quaisquer filtros.
quarta-feira, 30 de abril de 2014
Se nada me resta, se as ideias me fogem e a memória me trai,
se a pele não seca, se os campos permanecem. Dourados.
Se este céu que se abate ainda me pesa no peito,
se os ciclos são círculos de ruído. De cores.
Se o entardecer ainda me agarra a garganta e me sussurra
sabores de mil flores azuis...
Se eu não sei sair daqui...
sábado, 26 de abril de 2014
quarta-feira, 23 de abril de 2014
segunda-feira, 21 de abril de 2014
Cabes no meu peito
com todas as ruas da minha infância, todos os entardeceres de quando era feliz,
ou os meus pés descalços naquela terra...
Serás sempre o mundo admirável que desconhecia,
a outra face das minhas outras infinitas luas,
o final da busca que nunca, nunca me preocupei fazer.
A alegria genuína de te ver
como quem olha para uma miragem sob um céu sem estrelas...
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