quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Se pudesse, apertava-te em mim.
Não sei de que és feito. 
Não conheço maior ternura.
Nem sei o que fazer a esta diferença,
que me faz querer-te suavemente por vezes.

Antes pudesse recortar-te.
Colocar-te leve, denso, na ponta dos meus dedos.
Dar-te fôlego e dizer-te como te sonhei
em cada dia, 
em cada dia...
Antes pudesse rasgar-te dos meus olhos,
pois não te escolhi, nem te pensei.
Estás assim aqui.
Uma força natural em mim.
O meu próprio combate.