segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Esta lua vai-se apagar por uns dias.
A luz permanece, porque as coisas não acabam quando queremos.
Acontecerá da mesma forma que começou - sem saber porquê.
A luz permanece. Inaudível, inquieta, e ao não saber a razão,
mais brilhante se tornou.

Mas fere-me a vista e arde-me nas mãos.


Por agora incomodo-me, e ávida da tua luz, dar-te-ei fragmentos da minha história.
Nada pode ser mais concreto. Em troca, espero o nada, que é relativo.
Se é incompreendida e inglória a minha caminhada? Não sabemos.
Apenas reconheço a grandiosidade, a forma e o indefinível desta consciência.

Quero-te.
Um dia de manhã, uma tarde ou uma noite
que não possas viver e me chames
para aplacar a vulgaridade do momento.
Não há sentido lato. É particular, uma verdade absoluta.
Uma certeza.
É decadente, quase obsceno sabê-lo.
Não teremos medo todos nós?