domingo, 18 de maio de 2014

Se eu pudesse elevar as raízes da terra,
expô-las ao sol por esta grandeza,
poderia sentir com mais leveza
este pulsar dependente.
Soterrada, mas desperta.
Calada, mas não dormente.
Há dias de uma morte absolutamente sem nome.
A saudade tem som. Um som que se propaga, mesmo que fechemos os olhos.
Gradualmente insinua-se na nossa pele, no nosso contorno.
Ao abrirmos os olhos, ela sorri, pois não a vemos, mas fazemos a gentileza de a transportar. Ao colo, de preferência. Com um carinho e ternura silenciosos.
Em oposição.
Palavras. Sensações na ponta dos dedos, pressionadas e desvalorizadas.
Automaticamente.
A alma transformada num fundo branco, e a final contemplação do conjunto. 
Aniquilar a pressão é sempre compreensível e não carece de justificação