quinta-feira, 1 de maio de 2014

Assim se constrói a viagem que eu não queria abandonar.
Falo de gestos, de uma linguagem sem igual.
Um olhar de perto, e nos corredores dessa vida, um túnel de paredes finas, como se a qualquer momento, um deslize as derrocasse.
Um toque de mãos, que queima numa euforia, quase plácida. O rasto dos dedos fica. Ficou.
Um beijo, e outro, e um novo quarto ou divisão. Uma espiral de sensações, como quem vai ao fundo da alma e permanece. Sem respirar, mas sem morrer. Um pouco de cada vez, talvez.
Descer e entrar na vida. No profundo, no segredo, onde cada sensação é um choque, como o toque de um espírito, que nos arrepia, mas que nos motiva a prosseguir (de coração nas têmporas).
Ir além de mim tendo a consciência que estou submersa na melhor viagem que me foi concedida - todos estes fragmentos ou secções ... 
Pequenas janelas gravitacionais, ascendentes ou descendentes, ou simplesmente a vida desprovida de quaisquer filtros.

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