Fico por momentos encantada à janela do meu quarto.
Tem vista para plantações de nenúfares
e de tudo que eu quiser.
É isto o amor.
sexta-feira, 16 de maio de 2014
sexta-feira, 2 de maio de 2014
quinta-feira, 1 de maio de 2014
Assim se constrói a viagem que eu não queria abandonar.
Falo de gestos, de uma linguagem sem igual.
Um olhar de perto, e nos corredores dessa vida, um túnel de paredes finas, como se a qualquer momento, um deslize as derrocasse.
Um toque de mãos, que queima numa euforia, quase plácida. O rasto dos dedos fica. Ficou.
Um beijo, e outro, e um novo quarto ou divisão. Uma espiral de sensações, como quem vai ao fundo da alma e permanece. Sem respirar, mas sem morrer. Um pouco de cada vez, talvez.
Descer e entrar na vida. No profundo, no segredo, onde cada sensação é um choque, como o toque de um espírito, que nos arrepia, mas que nos motiva a prosseguir (de coração nas têmporas).
Ir além de mim tendo a consciência que estou submersa na melhor viagem que me foi concedida - todos estes fragmentos ou secções ...
Pequenas janelas gravitacionais, ascendentes ou descendentes, ou simplesmente a vida desprovida de quaisquer filtros.
quarta-feira, 30 de abril de 2014
Se nada me resta, se as ideias me fogem e a memória me trai,
se a pele não seca, se os campos permanecem. Dourados.
Se este céu que se abate ainda me pesa no peito,
se os ciclos são círculos de ruído. De cores.
Se o entardecer ainda me agarra a garganta e me sussurra
sabores de mil flores azuis...
Se eu não sei sair daqui...
sábado, 26 de abril de 2014
quarta-feira, 23 de abril de 2014
segunda-feira, 21 de abril de 2014
Cabes no meu peito
com todas as ruas da minha infância, todos os entardeceres de quando era feliz,
ou os meus pés descalços naquela terra...
Serás sempre o mundo admirável que desconhecia,
a outra face das minhas outras infinitas luas,
o final da busca que nunca, nunca me preocupei fazer.
A alegria genuína de te ver
como quem olha para uma miragem sob um céu sem estrelas...
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
sábado, 8 de fevereiro de 2014
Hoje eu queria ser criança. Voltar atrás, às minhas férias. As noites de verão eram sagradas e eu contava estrelas durante horas. O anoitecer era morno e o por-do-sol tingia de vermelho os campos. Era criança, mas sabia que assistia a pequenos milagres, inspirando profundamente o cheiro das árvores. O cheiro quente, o som do chão quando se pisa algo que não é plano, tudo era grandioso. Os montes, o céu, até as portas e as cadeiras das casas.
Guardei ao longo dos anos a sensação, e por vezes, uma simples música ou um simples cheiro, trazem-me estas memórias.
O mundo era mágico, e hoje eu queria voltar a ser criança e abraçar-me sentada no alpendre.
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