que só de te ver, toda a inquietação do mundo era minha.
quarta-feira, 23 de abril de 2014
segunda-feira, 21 de abril de 2014
Cabes no meu peito
com todas as ruas da minha infância, todos os entardeceres de quando era feliz,
ou os meus pés descalços naquela terra...
Serás sempre o mundo admirável que desconhecia,
a outra face das minhas outras infinitas luas,
o final da busca que nunca, nunca me preocupei fazer.
A alegria genuína de te ver
como quem olha para uma miragem sob um céu sem estrelas...
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
sábado, 8 de fevereiro de 2014
Hoje eu queria ser criança. Voltar atrás, às minhas férias. As noites de verão eram sagradas e eu contava estrelas durante horas. O anoitecer era morno e o por-do-sol tingia de vermelho os campos. Era criança, mas sabia que assistia a pequenos milagres, inspirando profundamente o cheiro das árvores. O cheiro quente, o som do chão quando se pisa algo que não é plano, tudo era grandioso. Os montes, o céu, até as portas e as cadeiras das casas.
Guardei ao longo dos anos a sensação, e por vezes, uma simples música ou um simples cheiro, trazem-me estas memórias.
O mundo era mágico, e hoje eu queria voltar a ser criança e abraçar-me sentada no alpendre.
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
Se pudesse gravava-me uma memória.
Talvez na sombra mais recôndita da alma, para nunca mais me esquecer.
Nem dos tons, nem das luzes, nem da fantástica
irradiação da corrente sem fim.
Uma cheia inabalável, que flui e irá sempre ultrapassar-me.
Deito-me na penumbra, espalho o meu cabelo e vejo-me de fora.
Morna no contorno das pernas estendidas. O corpo ligeiramente arqueado, confortavelmente recortado pela luz da tarde.
Flutuo na saudade.
Flutuo na saudade.
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