quarta-feira, 14 de agosto de 2013
Se eu pudesse, trazia-te nas vagas macias e deitava-te nas minhas pernas flectidas.
Seriamos vidas como tantas outras, mas menos distantes.
Menos distantes e com asas feitas de pele.
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Vi um homem que olhava para as suas mãos pousadas. Sempre que levantava os olhos, estes brilhavam num pedido.
Vi uma mulher que se olhava ao espelho com vergonha que se notasse, e o guardava para depois o voltar a tirar. Incessantemente.
Vi uma criança no colo da mãe. Agarrada ao seu pescoço num sono tão descansado que só a inocência pode proporcionar.
Vi toda a gente com as suas transparências difíceis de não notar. Tão claros e sobrepostos que estavam. Uns através dos outros.
Vi-me a mim. Sentada a desejar que ninguém estivesse triste, ou a minha viagem acabaria ali.
Por vezes, a vida é insuportável.
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
quinta-feira, 18 de julho de 2013
segunda-feira, 15 de julho de 2013
Tenho a alma desarrumada.
Sempre tive o cuidado de ter tudo nos devidos lugares.
Eu costumo estar aqui.
À esquerda, a segunda razão, porque a primeira está à direita.
O resto, está por graus de interesse. Em sectores próprios.
Embora desarrumada, encontro mais espaço...
Incomoda-me, mas respiro melhor.
Complica-me, porque tenho de contornar.
Perturba-me, porque me leva a calma dos dias suaves.
Tenho a alma desarrumada,
mas neste caos avisto o paraíso que qualquer inferno deve ter.
domingo, 14 de julho de 2013
sexta-feira, 5 de julho de 2013
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Quando fujo de noite, tento acalmar o caos que apenas ganha mais força. Na minha calma aparente, acalento focos de imprecisão e algum desconforto na alma. Agradável, no entanto.
Surgem imagens e pensamentos e com isto, uma ligeira asfixia que tento minimizar, porque eu já sabia.
A pele tem memória. O meu cérebro cumpre a missão. O meu coração acelera e diz-me que sou diferente. Diferente nos pormenores. Meus e do mundo.
Diferente na dificuldade da entrega. Nunca totalmente conseguida.
Diferente na cheia que teima em transpor. Única e reveladora.
Tenho por ti uma ternura inesperada.
Tenho por dentro mais tempestades que tu.
quinta-feira, 4 de julho de 2013
Caos
Sabes a tudo que não devias.
À perfeição deste invulgar inferno,
a noites de sonho e a pedaços de céu.
quinta-feira, 27 de junho de 2013
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