Vi uma mulher que se olhava ao espelho com vergonha que se notasse, e o guardava para depois o voltar a tirar. Incessantemente.
Vi uma criança no colo da mãe. Agarrada ao seu pescoço num sono tão descansado que só a inocência pode proporcionar.
Vi toda a gente com as suas transparências difíceis de não notar. Tão claros e sobrepostos que estavam. Uns através dos outros.
Vi-me a mim. Sentada a desejar que ninguém estivesse triste, ou a minha viagem acabaria ali.
Por vezes, a vida é insuportável.
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