Quando fujo de noite, tento acalmar o caos que apenas ganha mais força. Na minha calma aparente, acalento focos de imprecisão e algum desconforto na alma. Agradável, no entanto.
Surgem imagens e pensamentos e com isto, uma ligeira asfixia que tento minimizar, porque eu já sabia.
A pele tem memória. O meu cérebro cumpre a missão. O meu coração acelera e diz-me que sou diferente. Diferente nos pormenores. Meus e do mundo.
Diferente na dificuldade da entrega. Nunca totalmente conseguida.
Diferente na cheia que teima em transpor. Única e reveladora.
Tenho por ti uma ternura inesperada.
Tenho por dentro mais tempestades que tu.
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