Vamos naufragar ali para os lados daquelas ruas. Fabricar histórias para depois as escrever com cuidado. Sempre com cuidado. Criar laços obscenos, daqueles mesmo verdadeiros, afinal trata-se do mesmo.
Desenhar cumplicidade, recortá-la suavemente e usá-la como quem leva uma colher quente aos lábios.
Vamos naufragar ali para os lados daquelas ruas.Exercitar a alma, deixá-la sentir a calçada que estará macia, seguramente.
Projectar uma qualquer dança na sombra e festejar essa espécie de criação. Absorver o silêncio e ouvir apenas o que quisermos - não tardará uma ténue (que se adensa) melodia.
Vamos naufragar ali para os lados daquelas ruas. Dar largas ao vôo oblíquo e sintetizar o sentir.
Sintetizar o sentir.