Encerro tudo em mim.
Não deixo de estar atenta enquanto o faço. Agarro, apanho sem deixar cair, todos os momentos e olhares, todos os gestos sem que os veja, até mesmo o compasso da tua respiração.
Sigo de olhos postos na multidão sentindo o vento da sua passagem, e penso como viverão e onde acontece. Alguém passa por mim com olhos de dor, amor, alguém passa por mim com olhos de lascívia, de fome. Sou todos eles por fracções e absolutamente nenhum, separadamente.