E se neste dia e no outro que virá

Eu me sentasse à sombra deste sonho

E calmamente te olhasse

E estranhamente te dissesse que

Nem acredito que não te tenho...

Comigo.

Comigo.

Quem me lê, fica sem saber o que sou.
Inalterada, expectante, inconformada mas constante.
Expresso-me, mas não me perco.
Divago, vou ao fim do mundo, mas sou atenta. Vigilante.
Tenho em mim um dilúvio de sensações, a vontade e
a minha própria guerra.
Sim, estou pronta.

Surgiste pé ante pé sem fazeres soar (sequer) a quietude.
Sem querer, sem quereres.
E o que faço agora que te desejo?

Subitamente (ou não)
os teus olhos aquecem-me
derretendo a linha do horizonte
onde a vida pulsa moldada nesse desejo.

Apenas alguns segundos,
e sinto urgência...