segunda-feira, 15 de julho de 2013

Tenho a alma desarrumada. 
Sempre tive o cuidado de ter tudo nos devidos lugares.
Eu costumo estar aqui. 
À esquerda, a segunda razão, porque a primeira está à direita.
O resto, está por graus de interesse. Em sectores próprios. 
Embora desarrumada, encontro mais espaço... 
Incomoda-me, mas respiro melhor. 
Complica-me, porque tenho de contornar.
Perturba-me, porque me leva a calma dos dias suaves.

Tenho a alma desarrumada,
mas neste caos avisto o paraíso que qualquer inferno deve ter.

domingo, 14 de julho de 2013

sexta-feira, 5 de julho de 2013

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Quando fujo de noite, tento acalmar o caos que apenas ganha mais força. Na minha calma aparente, acalento focos de imprecisão e algum desconforto na alma. Agradável, no entanto.
Surgem imagens e pensamentos e com isto, uma ligeira asfixia que tento minimizar, porque eu já sabia.
A pele tem memória. O meu cérebro cumpre a missão. O meu coração acelera e diz-me que sou diferente. Diferente nos pormenores. Meus e do mundo.
Diferente na dificuldade da entrega. Nunca totalmente conseguida.
Diferente na cheia que teima em transpor. Única e reveladora.
Tenho por ti uma ternura inesperada.
Tenho por dentro mais tempestades que tu.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Caos


Sabes a tudo que não devias.
À perfeição deste invulgar inferno,
a noites de sonho e a pedaços de céu.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

São sensações puras, totalmente transparentes, e no meio, uma imensa vontade de as expressar.
Mas os tempos, estes tempos não são meus e eu não sei o que fazer ao que me resta.
Nada sobra. Renasce.
O cheiro das ruas mudou.
As noites deixaram de terminar
e são agora dias.
Todos os dias da minha vida.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

terça-feira, 25 de junho de 2013

Olhei e fiquei.
Como ficamos
quando olhamos assim.
Entre mundos,
dentro de tudo, 
mas lá longe.
Onde nem a vista alcança.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Os sentidos alinham-se numa exactidão impossível.
A vida regride e avança 
como um relógio avariado.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

A minha saudade é uma forma, 
que a verdade não quer olhar.
Nada que possa dizer, ou que fique escrito,
a poderá determinar com precisão.
Nada se resolve, nada consigo alcançar
porque dentro de mim,
tenho todas as marés.
Uns dias sossego por antecipação,
outros deformo as margens 
e deixo -me largada.
Eu não vejo o mesmo que tu.
Eu vejo-te a ti.