segunda-feira, 1 de abril de 2013

O que te posso dizer mais,
a não ser que me destinas dias
impensáveis e cores inexistentes...?
Esta mística que partilho, 
reduz-me a poucas e desconexas frases.
Por vezes sinto-te.

Por vezes, sinto-te.

domingo, 31 de março de 2013

És-me urgente
como o pressentimento de uma tempestade.
É em ti que desmorono,
me entorno e assim, sem mais poder, te aceito.
Em mim.

sábado, 30 de março de 2013


Não domino a asfixia que causas
quando o meu pensamento é em ti.
Tornas-me viva e absoluta.

Inquietas-me como uma tragédia.

sexta-feira, 29 de março de 2013

Tem vontade própria, alicerces destruídos,
tem espaço para mais dias, noites difíceis e
tem viagens envoltas em estrelas.
Esta saudade.

É construída, moldada à minha vontade,
afirmada e explicada por mim, vezes sem fim.
A minha realidade.

Fazes-me falta agora e amanhã,
mesmo quando te "nego" por segundos,
para te procurar depois.
Como agora.

Não sei como se ampara ou segura
um desvario que pulsa e não sossega.
Querer-te assim é confuso.
Tão dentro de mim.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Saí para enfrentar os meus medos,
desejos ou consciência.
Todas as ruas e passeios se parecem
e ando sem me lembrar como ali cheguei.
As luzes da rua e a própria noite, lembram-me de ti,
assim como o silêncio que agarra momentos.

Voltei porque estavas em todo o lado.
A cidade já dorme.
Tudo permanece dormente,
mas eu estou aqui. Viva.
A sentir-te como se fosse possível,
em rasgos condutores que me ligam a ti.

Estou viva.
Foste tu que me ofereceste.

terça-feira, 26 de março de 2013


Contigo, as noites seriam devagar.
Todas elas.
Tão devagar quanto a vontade impõe.
Por alguma razão te quero assim.

Um dia talvez, saberei explicar. Sim, tudo se explica. Até a vida.


segunda-feira, 25 de março de 2013


O meu desejo por ti é incompreensível
sendo no entanto provável.
Não é entendível a força e a dimensão,
como quem arranca a pele da carne,
mas não deixa de ser provável.
Reconheço-te por sintomas.


domingo, 24 de março de 2013


Serei a pessoa mais só na multidão
e a que arde de vida sem ninguém por perto.
Presto atenção a quem me rodeia como
forma de conhecimento.
Fui construída assim, ano após ano
com anotações mentais, pouco físicas.
Mas penso agora e por vezes,
perante este novo e total desconhecimento, 
que explicação podes ter aqui.
Em mim.

sábado, 23 de março de 2013

Sabes que me levas sempre que me olhas,
e eu mantenho-me no fundo sem respirar
(as surpresas incomodam-me).
Dentro de mim, tudo se passa e circula
numa enervante tentativa de me concentrar.
Eu tento, mas não consigo recordar 
como eram as minhas horas antes de ti.