quinta-feira, 7 de março de 2013

Desce comigo. 
Vamos ao centro da terra com o mesmo pensamento e propósito.
Devolvo-te depois. 
Logo depois,
vazia de mim porque em ti me entorno,
até ser urgente de novo.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Abraçar-te ao chegares e dizer-te que te quero
Quero estar só, perdida em mim como nasci.
Abraçar-te depois e lembrar-te novamente. Que te quero.
Quero sair daqui, sem destino, e escrever. Mesmo sobre ti.
Quero dar-te ar, vida, sorrisos, e ver-te brilhante, 
novo, como só tu consegues ser.
Quero guardar-te e encontrar-te.
Quero viajar sem fim, sem saber de ti, mesmo querendo-te.
Porque não é assim que te quero.
É assim que te posso querer.

domingo, 3 de março de 2013

Lembras-me um tesouro.
Tens tanta vida em ti, tanta vontade e tanta força...
És um anjo por tanto poder,
és a vontade de dizer que estás vivo.
E estás.
Entrego-me ao silêncio, porque em ti reconheço
dias e dias sem fim, mas não te quero dizer.
Porque não posso nem devo contar-te que o fim não é agora.
Contigo nunca seria.
Se descobrires,
só se descobrires, 
serás livre neste inigualável sentido.
Sabes a mares que não voltam mais.
Sabes à minha saudade,
a dias plenos, perfeitos.
Sabes a tudo que tenho guardado.
Sabes a descobertas, a segredos,
a pedaços de sonhos e a anjos vivos.

Consigo viajar sem sair daqui.
Contigo.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Se pudesse, apertava-te em mim.
Não sei de que és feito. 
Não conheço maior ternura.
Nem sei o que fazer a esta diferença,
que me faz querer-te suavemente por vezes.

Antes pudesse recortar-te.
Colocar-te leve, denso, na ponta dos meus dedos.
Dar-te fôlego e dizer-te como te sonhei
em cada dia, 
em cada dia...
Antes pudesse rasgar-te dos meus olhos,
pois não te escolhi, nem te pensei.
Estás assim aqui.
Uma força natural em mim.
O meu próprio combate.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Espalhas-te em mim como se 
as ilusões fossem pequenos venenos
(que lentamente se impregnam).
Tarda o dia do meu insolente desespero,
porque te cobrirei de tudo que não existe mas ousarei criar.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

O romper dos dias assemelha-se a peças de tinta
que coloram a passagem,
porque eu já não vejo mais nada aqui.
Quero-te. 
De tal forma é decadente,
que me junto aos poucos
como quem colhe frutos desgarrados.
É triste e feliz o que tenho por ti.
Ainda se um dia olhasses para mim assim...

sábado, 23 de fevereiro de 2013


Dou de graça a minha paz,
tenho no sangue a experiência
de mil vidas. Apenas para a enfrentar assim.
Neste recanto, onde tudo e nada se passa
onde a ternura escorrega e me avisa
da liberdade desta inesperada entrega.
Seremos iguais?
Compreendemos tudo de olhos fechados,
quando nos olhamos calados
como quem já sabe todas as histórias,
desfechos e significados.
Se falarmos, morremos.